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Mitos e verdades sobre o papel, um setor estratégico para a economia circular

Imagen de Grupo Hinojosa PT
24 de julio de 2024

Umas vezes por ignorância, outras por desinformação, as fake news passaram a fazer parte do nosso quotidiano. Muitas vezes, alimentam falsas crenças das quais é muito difícil escapar. Este é também o caso do setor do papel e do cartão, em que, apesar de ser um dos principais intervenientes na concretização do objetivo de uma economia circular plena, são muitos os mitos que se propagam sobre a sua atividade aos olhos do público.

Há afirmações sem qualquer base científica, mas igualmente nocivas, que confundem os efeitos deste setor estratégico, que chega a representar 4,5% do PIB nacional. Perante este cenário, é cada vez mais importante recorrer ao rigor dos dados e dos especialistas para perceber quais os setores que são verdadeiramente propícios a um melhor cuidado do planeta e das pessoas que o habitam.   

Neste sentido, a Aspapel, a associação espanhola de fabricantes de pasta, papel e cartão, à qual pertence o Hinojosa Packaging Group, tem vindo a insistir, desde há anos, na sensibilização para esta questão. Por um lado, a transparência das empresas em termos de sustentabilidade é um fator essencial para explicar o impacto da indústria no nosso dia a dia. Por outro, e para além da base individual de cada empresa, o setor do papel pode olhar para os factos e, com esses dados em mãos, desmistificar alguns dos mitos que se instalaram na sociedade. Aqui ficam alguns mais falados e que se revelaram falsos.   

  1. “A produção de papel leva à desflorestação”. Na mesma linha, o fabrico de papel é responsabilizado pela desflorestação. A realidade é bem diferente, segundo a ASPAPEL: As florestas de papel são plantadas em terras anteriormente não cultivadas. Representam 3% da área florestal. Por outras palavras, quanto mais papel, mais árvores. Além disso, o papel não é fabricado a partir de espécies exóticas tropicais, como o carvalho, a faia ou a azinheira, mas sim a partir de espécies de crescimento rápido, como o carvalho, a faia ou a azinheira, que são cultivadas para este fim em plantações florestais renováveis que se regeneram continuamente.
  2. “As plantações são más para o ambiente”. A afirmação é falsa, tanto que, segundo os especialistas, provocam o contrário: As plantações para o fabrico de papel são grandes sumidouros de CO2 e ajudam a travar as alterações climáticas. Ao mesmo tempo, existem certificações e controlos da atividade. A gestão sustentável é garantida pelos sistemas de certificação florestal FSC e PEFC. No Hinojosa Packaging Group trabalhamos com papel que possui certificações como estas. 
  3. “O fabrico de papel desperdiça água e energia e polui o ambiente”. Os dados refutam estes mitos um a um. Em primeiro lugar, no processo de fabrico do papel, a água é utilizada, não consumida: apenas entre 5% e 10% da água utilizada é consumida e o resto é devolvido tratado. Em segundo lugar, a eficiência energética é uma prioridade para o setor, de tal forma que este é constituído por 33% de biomassa, 66% de gás natural e apenas 1% de outros. Além disso, não só não polui, como também promove a circularidade. 79% dos resíduos são recuperados como energia, uso agrícola ou matéria-prima. No caso do Hinojosa Packaging Group, esta valorização ultrapassa os 95%. 
  4. “O papel não é uma indústria inovadora”. Há anos que a inovação é uma parte fundamental da indústria do papel. Está, de facto, na vanguarda da revolução tecnológica 4.0. É protagonista da nova bioeconomia, com o fabrico de produtos naturais com baixo teor de carbono, renováveis e recicláveis. O compromisso é claro dentro do setor e para a Hinojosa, onde a inovação faz parte direta do Plano Estratégico da empresa. 
  5. “O papel é um produto condenado a desaparecer”. Isso está longe de acontecer. Além disso, o setor vai estar no centro das atenções nos próximos anos e o papel, devido aos seus benefícios ambientais e à sua versatilidade, está a substituir outros materiais. É uma alternativa natural.  Em termos de consumo, segundo a ASPAPEL, 83% dos consumidores não conseguem imaginar a sua vida sem papel e estão maioritariamente abertos (87%) à utilização de novos produtos de papel. Os especialistas estimam que, num futuro muito próximo, a cadeia de valor do papel produzirá toda uma nova geração de bioprodutos de fibra de madeira para vestuário, cosméticos, tintas, isolamentos, compósitos e outros. 
  6. Um mundo digital e sem papel é mais amigo do ambiente. O papel, para além de ser renovável e biodegradável, tem um melhor desempenho ambiental em termos de emissões e de reciclagem do que as tecnologias digitais. Os estudos dizem-nos que o impacto ambiental, numa escala de 1 a 5, deixaria os dispositivos eletrónicos em 3,85 e o papel em 2,75. Para ilustrar o impacto, o fabrico de todo o papel que um espanhol consome por ano produz menos emissões de CO2 do que uma única viagem de automóvel entre Madrid e Santander.  
  7. “As embalagens deviam desaparecer”. As embalagens de papel e cartão são sinónimo de sustentabilidade, proteção, segurança e imagem. A própria embalagem melhora a qualidade de vida do consumidor, mas também do planeta, com os materiais corretos. Em termos de sustentabilidade, são naturais, renováveis, recicláveis e recicladas, biodegradáveis e compostáveis. São também uma excelente plataforma de comunicação e marketing para as empresas. 
  8. “Reciclar não serve para nada”. Reciclar sucessivas vezes os resíduos de papel otimiza a utilização de um recurso natural e renovável como a fibra de celulose. Em suma, a fibra de celulose provém de plantações de espécies de crescimento rápido cultivadas para esse fim e que de outra forma não existiriam, pelo que não é verdade que reciclar papel poupa árvores. Na Hinojosa somos, além disso, nativos circulares. O papel reciclado que produzimos é utilizado para fabricar embalagens sustentáveis nas nossas unidades de produção de packaging. Após serem utilizadas pelo consumidor final, são depositadas no contentor azul e devolvidas às nossas fábricas de papel. 

Gostaríamos de agradecer à ASPAPEL por ter recolhido todas estas informações de fontes oficiais, científicas e comparadas que desmontam mitos infelizmente muito enraizados. Desta forma, com dados objetivos, podemos mudar a perceção social de um setor cujo impacto económico, social e ecológico é inquestionável. 

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